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sábado, 15 de agosto de 2015

Três Distopias Clássicas para ler


Por Ada Chivers



Quando a Gabriella me pediu para escrever esse texto sobre clássicos da ficção científica distópica, era pra eu escrever uma resenha... depois de quase um mês, e três parágrafos medíocres, cheguei à conclusão que não consigo falar sobre livros (assunto que eu amo), e principalmente sobre três livros que estão na minha lista de preferidos pra toda a vida, formalmente. Então Gabriella, me perdoa,mas esse texto vai ser assim, informal mesmo!

Hoje em dia todo mundo está cansado de saber o que é distopia,todo mundo já leu (ou viu o filme) Jogos vorazes, ou Divergente, ou tantos outros! O subgênero meio que virou modinha de uns anos pra cá!

E antes que alguém reclame, não uso o termo modinha de forma negativa, também li alguns desses livros e gosto de muitos deles!

Porém, longe de ser novidade, a FC distópica teve origem ainda na primeira metade do século XX, e o termo vem sendo usado desde meados do século XIX, fora da literatura, na economia e em política,  por exemplo.
E antes de qualquer desses livros, vieram muitos outros e dentre esses pelo menos três são essenciais na biblioteca de todo fã do gênero (na minha humilde opinião, já deviam ter lido ou pelo menos ter eles naquela montanha de livros que você vai ler um dia... todo leitor tem uma dessas né? Não? Só eu?)
Quem fez a tarefa de casa direitinho já sabe até de que livros vou falar, eles são unanimidade, e vão ser colocados aqui sem uma ordem de importância, mas talvez seguindo uma ordem de preferência, sorry, not sorry!





Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.


Obra prima de Aldous Huxley, lançado na primeira metade da
década de 30, gira em torno de uma sociedade que vive em perfeita
harmonia. Porém, essa harmonia é alcançada através de manipulação
genética (a reprodução é feita apenas de forma artificial, o sexo é
apenas usado como recreação), lavagem cerebral e uso de drogas
recreativas.
O livro segue mostrando o impacto, em alguns personagens 


(Lenina Crowne, socialmente bem integrada ao Status Quo e Bernard
Marx,psicólogo que demonstra insatisfação com o modo de vida que
leva) do contato com uma sociedade considerada primitiva,
descendentes de nativos americanos.





1984, de George Orwell.

A história ocorre onde estaria a atual Grã Bretanha, que no futuro

faz parte do super estado da Oceania, um local que vive perpetuamente
em guerra, controlada por um governo onipresente que observa todos
os atos de sua população, representado pela figura do Grande Irmão,
líder do partido.
O personagem principal, Winston Smith, trabalha no ministério da
Verdade, responsável pela propaganda e por revisar a história,
reescrevendo artigos de jornal para que estes contem apenas a verdade do partido.
Apesar de ser um funcionário exemplar, Winston secretamente
cultiva um ódio ao partido e uma vontade de se rebelar.
O livro se destaca, não só pela história envolvente, e seus
personagens, mas por criar expressões próprias que em alguns casos, saíram de suas páginas e passaram a ser usadas fora delas como a expressão Grande Irmão (Big Brother).Além disso, seu impacto foi tão grande que criou­-se o adjetivo orwelliano para descrever Estados totalitários que utilizam meios para espionar as pessoas, ou manipular fatos históricos em seu favor.





Farenheit 451, de Ray Bradbury.



Talvez o livro mais popular de Ray Bradbury, retrata a sociedade
americana num futuro em que livros são proibidos e um grupo de
“bombeiros” tem como trabalho queimar qualquer livro que seja encontrado. Nessa versão de futuro, livros são considerados pelo Estado como fontes de discórdia e infelicidade.
O personagem principal dessa história é Guy Montag, um dos
bombeiros responsáveis pela queima de livros, um homem infeliz, tanto
em sua vida profissional como em seu casamento.
Um dia Montag conhece uma vizinha, livre pensadora e com
ideais contrários aos da sociedade. Sua amizade e alguns outros fatos
trágicos fazem com que ele resgate um dos livros que deveriam ser
queimados e passa a ser perseguido pelos seus companheiros.
Apesar da temática, como todo livro do Bradbury, Farenheit 451 
belissimamente escrito e bem diferente dos outros dois.





Bonus round



O conto da Aia, de Margaret Atwood


Eu não conseguiria falar dos romances distópicos clássicos e não
citar um dos meus preferidos!
Escrito por Margaret Atwood, é o único dos livros aqui comentados
escrito por uma mulher, com personagens principais femininos e apesar
da autora considerar seus livros como ficção especulativa e não
romances distópicos, o Conto da aia tem todos os pré requisitos que
fazem um livro uma distopia.
No futuro, uma uma teocracia totalitária cristã comanda os
Estados Unidos, onde as mulheres são subjugadas, perdendo suas
identidades e até mesmo seus nomes.
A narradora da estória é uma dessas mulheres, em sua terceira
vez como concubina de um homem, cuja única finalidade é a
reprodução. Outras mulheres aparecem durante a narrativa, sendo que
algumas servem como serviçais e outras são consideradas as esposas,
figuras que servem apenas para comandar as casas de seus maridos.
Offred, a aia do título, nos apresenta o mundo em que vive e explica, através de flash backs, os fatos que levaram à essa mudança radical na sociedade.
Não vou mentir, de todos esses é o meu preferido, mesmo não fazendo parte da santíssima trindade dos romances distópicos e eu acho que todo mundo devia ler!


Bom, é isso! Agora é torcer pra que a Gabi não ache esse texto um lixo e que eu possa aparecer novamente por aqui!


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