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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Resenha: O Rei Demônio, de Cinda Williams Chima







O Rei Demônio
Cinda Williams Chima
Série Os Sete Reinos, Volume 01

Tradução de Ana Resende
384 páginas
Editora Suma de Letras
4 de 5 estrelas

Skoob 

*Amazon * Submarino
* Saraiva
* Cultura




Se eu tivesse que resumir o livro em uma palavra, essa seria responsabilidade.
Aquela coisa de ter que seguir um destino, e que ele não será nada fácil, já que o futuro de todos está em suas mãos.


A história começa com um jovem chamado Han Alister e seu amigo Dançarino (sim, no começo achei estranho o nome dele), indo caçar e procurar alimentos para a família,até que encontram um grupo de jovens Magos que os interceptam, dessa confusão toda Han sai com um amuleto que pertencia ao Rei Demônio, uma figura importante no antepassado do Reino de Fells.
Isso sem contar que Han,desde criança possui um par de braceletes que não saem de seus pulsos e possui a responsabilidade de cuidar da sua mãe e da sua irmã, tendo que se marginalizar para conseguir meios de sustentar a família.
No outro lado do Reino (quase que literalmente), somos apresentados a Raisa ana’ Marianna, próxima da linhagem para a coroa do Reino de Fells (um fato muito interessante é que as Rainhas são de uma linhagem poderosa, tendo um poder maior do que os Reis) que está prestes a completar 16 anos e não quer se casar.
Ela passara um certo tempo fora do reino,causando um certo distanciamento com o povo do Reino e também conferindo-lhe uma certa inocência em relação ao mundo.
O Reino de Fells tem uma longa história de conflitos entre os clãs e os magos, resultado da batalha entre o Rei Demônio e a Rainha Hanalea, que causa a chamada Cisão entre os clãs e os magos, e o livro aborda com certa maestria e delicadeza, mostrando o fardo que os protagonistas irão carregar em livros futuros.
No começo, história iria, ao meu olhar, se mostrar superficial, mas já nos primeiros capítulos, isso é quebrado. Vemos o crescimento dos personagens, ao mesmo tempo em  que é explicada a lenda de Hanalea (que na opinião desta que vos escreve, merecia ganhar um livro próprio), e as dúvidas que todos os jovens tem quando vão virar adultos: o destino sou eu que crio ou sigo um destino estabelecido por outras pessoas??
Seu começo que não me puxou muito, mas do meio em diante me fez grudar no livro, a narrativa valoriza os dois personagens principais sem um se sobrepor ao outro, e principalmente, sem um personagem necessitar da presença do outro para se desenvolver.
E os personagens coadjuvantes são carismáticos e não servem só de escada para os protagonistas, ganhando problemáticas e tomando decisões importantes, como Amon e Dançarino, cujas tramas são ligadas aos protagonistas de uma forma não muito forçada e bastante fluída.


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