O Rei Demônio
Cinda Williams Chima
Série Os Sete Reinos, Volume 01
Tradução de Ana Resende
384 páginas
Editora Suma de Letras
4 de 5 estrelas
Skoob
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* Cultura
Se eu tivesse que resumir o
livro em uma palavra, essa seria responsabilidade.
Aquela coisa de ter que seguir
um destino, e que ele não será nada fácil, já que o futuro de todos está em
suas mãos.
A história começa com um jovem
chamado Han Alister e seu amigo Dançarino (sim, no começo achei estranho o nome
dele), indo caçar e procurar alimentos para a família,até que encontram um
grupo de jovens Magos que os interceptam, dessa confusão toda Han sai com um
amuleto que pertencia ao Rei Demônio, uma figura importante no antepassado do
Reino de Fells.
Isso sem contar que Han,desde
criança possui um par de braceletes que não saem de seus pulsos e possui a
responsabilidade de cuidar da sua mãe e da sua irmã, tendo que se marginalizar
para conseguir meios de sustentar a família.
No outro lado do Reino (quase
que literalmente), somos apresentados a Raisa ana’ Marianna, próxima da
linhagem para a coroa do Reino de Fells (um fato muito interessante é que as
Rainhas são de uma linhagem poderosa, tendo um poder maior do que os Reis) que
está prestes a completar 16 anos e não quer se casar.
Ela passara um certo tempo fora
do reino,causando um certo distanciamento com o povo do Reino e também
conferindo-lhe uma certa inocência em relação ao mundo.
O Reino de Fells tem uma longa
história de conflitos entre os clãs e os magos, resultado da batalha entre o Rei
Demônio e a Rainha Hanalea, que causa a chamada Cisão entre os clãs e os magos,
e o livro aborda com certa maestria e delicadeza, mostrando o fardo que os
protagonistas irão carregar em livros futuros.
No começo, história iria, ao meu
olhar, se mostrar superficial, mas já nos primeiros capítulos, isso é quebrado.
Vemos o crescimento dos personagens, ao mesmo tempo em que é explicada a lenda de Hanalea (que na
opinião desta que vos escreve, merecia ganhar um livro próprio), e as dúvidas
que todos os jovens tem quando vão virar adultos: o destino sou eu que crio ou
sigo um destino estabelecido por outras pessoas??
Seu começo que não me puxou
muito, mas do meio em diante me fez grudar no livro, a narrativa valoriza os
dois personagens principais sem um se sobrepor ao outro, e principalmente, sem
um personagem necessitar da presença do outro para se desenvolver.
E os personagens coadjuvantes
são carismáticos e não servem só de escada para os protagonistas, ganhando
problemáticas e tomando decisões importantes, como Amon e Dançarino, cujas
tramas são ligadas aos protagonistas de uma forma não muito forçada e bastante
fluída.
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